"O Orientador Social é a “alma” do Projovem Adolescente.
Desempenha a “função-chave” de facilitar a trajetória de cada jovem e do
coletivo juvenil na direção do desenvolvimento pessoal e social, contribuindo
para a criação de um ambiente educativo, participativo e democrático.
Cabe ao Orientador Social planejar, organizar e executar as
ações socioeducativas, especialmente os encontros de cada coletivo, bem como
integrar os demais profissionais da equipe ao planejamento geral do serviço
socioeducativo, articulando e integrando todas as ações.
As principais expectativas em relação ao papel do Orientador
Social dizem respeito ao modo de atuar com os jovens, o que requer, em suas
ações cotidianas, que se faça presente e compromissado nas relações com os
jovens, que estabeleça e desenvolva vínculos e que esteja permanentemente
disposto a refletir sobre o seu trabalho e a melhorar constantemente o seu
desempenho.
O Orientador Social é uma referência fundamental para os jovens,
propondo-se como um modelo de identificação, o que aumenta a sua
responsabilidade quanto à postura adotada frente aos jovens e frente à vida,
que deve ser consistente com os princípios orientadores e dimensões
metodológicas do Projovem Adolescente. Abertura ao diálogo, reciprocidade
e
compromisso são características fundamentais no acompanhamento das ações e
vivências cotidianas. Deve valorizar as potencialidades dos jovens e do
coletivo, incentivá-los e mobilizá-los para a participação. Deve, também,
contribuir para o fortalecimento dos vínculos, identificando
situações-problemas, posicionando-se diante delas e mediando eventuais conflitos.
Ao acolher as manifestações dos jovens, deve proporcionar-lhes a
oportunidade de sentir, pensar e agir livremente. A qualidade da relação
interpessoal do Orientador Social com os jovens é fator que impulsiona o
processo socioeducativo e implica não apenas trazer suas experiências e
conhecimentos, mas propiciar que os jovens desenvolvam suas próprias ideias e
caminhos de atuação.
O Orientador tem como desafios se apropriar dos temas
transversais propostos e desenvolver métodos e técnicas de trabalho criativos e
participativos, buscando articulação entre forma e conteúdo, teoria e prática,
adequando-os ao perfil dos jovens de cada coletivo e à realidade local. No
enfrentamento desses desafios contará com o apoio e a assessoria do profissional
de nível superior do CRAS, encarregado de supervisionar a execução do serviço
socioeducativo.
Os Facilitadores de Oficinas de Convívio por meio do Esporte,
Lazer, Arte e Cultura do Projovem Adolescente deverão ter formação específica
ou reconhecida atuação nessas áreas. Como o Orientador Social, deverão
inteirar-se dos princípios, objetivos e da dinâmica operacional do serviço socioeducativo,
pautando suas Oficinas pelas orientações e referenciais metodológicos
apresentados neste Traçado Metodológico.
Estes Facilitadores deverão interagir permanentemente com o Orientador
Social, de forma a garantir a integração das atividades aos conteúdos e
objetivos dos Percursos Socioeducativos, sendo que a programação detalhada das
Oficinas deve valorizar as diferentes manifestações corporais (jogos, esportes,
danças, ginástica, circo, entre outras) de interesse dos jovens.
As Oficinas são também espaços privilegiados para o
reconhecimento das manifestações esportivas e culturais do território, do
município e da região. Mais do que conhecê-las, deve-se assegurar aos jovens a
possibilidade de vivenciá-las, sendo fundamental dimensionar e organizar
oportunidades coletivas e regulares de desenvolvimento de algumas delas, que
deverão compor a programação semanal das ações socioeducativas".
Com essa equipe o papel de supervisão fica bem mais fácil.
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